Modernização do arsenal nuclear americano destaca avanços tecnológicos e estratégias para enfrentar desafios globais
Os Estados Unidos concluíram a produção da bomba B61-12, um marco importante após 17 anos de desenvolvimento e investimentos estimados em 9 bilhões de dólares. Essa atualização faz parte do Programa de Extensão de Vida Útil (LEP), que visa modernizar a família de bombas nucleares B61, uma das mais antigas ainda em uso no arsenal americano.
Além disso, o planejamento para a nova B61-13, anunciado em 2023, já está em andamento. Essa versão promete substituir variantes mais antigas, oferecendo maior rendimento e flexibilidade estratégica para lidar com alvos subterrâneos e de grande área.
A B61-12 é equipada com um sistema de navegação inercial (INS) integrado a um Kit de Cauda, permitindo maior precisão nos ataques. Com 3,65 metros de comprimento e peso de 374 quilos, sua capacidade de rendimento é ajustável, podendo alcançar até 50 quilotons.
Para efeito de comparação, a bomba lançada sobre Hiroshima em 1945 tinha um rendimento de 15 quilotons, enquanto a de Nagasaki atingia 21 quilotons. Isso demonstra o salto tecnológico significativo do modelo B61-12.
Embora sua precisão seja uma grande vantagem, ela não substitui totalmente a capacidade de penetração profunda da B61-11, projetada para atingir bunkers e instalações subterrâneas. O futuro dessa variante, introduzida em 1997, ainda é incerto, mas analistas apontam que ela segue desempenhando um papel estratégico importante.
A modernização do arsenal nuclear reflete as preocupações crescentes com a escalada de tensões globais. A instalação Kosvinsky Kamen, na Rússia, frequentemente citada como alvo estratégico, e a construção de instalações subterrâneas por países como China, Coreia do Norte e Irã reforçam a necessidade de armamentos mais precisos e adaptáveis.
As bombas da série B61 são compatíveis com aeronaves modernas como o B-2 Spirit, F-35A Lightning II e o futuro bombardeiro stealth B-21 Raider, garantindo que o arsenal nuclear americano esteja preparado para os desafios do século XXI.
Além da modernização da B61-12 e do planejamento da B61-13, os Estados Unidos também buscam diversificar suas capacidades estratégicas. Ogivas de menor rendimento, como a W76-2, têm sido implementadas em mísseis balísticos, oferecendo opções flexíveis em respostas nucleares limitadas e fortalecendo a dissuasão.
A modernização da série B61 é um marco na estratégia de defesa dos Estados Unidos, destacando avanços tecnológicos e uma abordagem mais precisa e adaptável para cenários de conflito.
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